SONHO PERDIDO... 
 
 


O sonho quedado, parado, morto...
Sem palavra de conforto
Sem resquício de esperança...
 
Foi de minh’alma, negra mortalha
Tal qual farda tinta em batalha
Onde a vida não mais avança...
 
Em turbilhões e rajadas vis
Entre taças de ilusões febris,
Levantei estátuas de medo!
 
Agora sustento só palavras
Ante a estaca que me cravas
Sem revelar-te o segredo:
 
Caí por ti em vil pecado
Em meu sonho consagrado
Ante um púlpito tristonho
 
E meu ser triste ao teu lado,
Ouviu, suspenso e calado...
Sentença de morte ao meu sonho!