A negra vida olhando o rio,
negro fado perdidos nas vielas.
Trinam as guitarras em desvario,
nesses poemas e vidas singelas.
Um trinar, numa alva madrugada,
aviso que a saudade nasceu;
Há que cantar, em voz amargurada,
ternura que pelo mar se perdeu.
Trinem… Trinem na triste melodia,
as guitarras que soam no meu peito.
Poetas e fadista, se dizia:
Amor cantado é findo no leito.
É a guitarra guia do destino,
melodia no cantar da saudade.
Nas águas azuis do rio eu termino,
buscando na sua barra, a verdade.
Zarpando as caravelas mar afora;
Sem fim à vista ou qualquer lado.
Xaile negro traçado… é agora,
que a saudade aperta… e se ouve o fado.