Descobri que a teu lado não sou sábio
nem preciso pensar, porque já pensas.
E distante, o que sai destes meus lábios
são suspiros, saudades; são imensas
lacunas que reclamam tua ausência
e procuram por ti que não estás...
Descobri que a distância me esvazia
E que a alma não vive da poesia
Pois em ti é que encontro a minha paz...
Mas também descobri, contrariado,
neste vil descompasso entre nós dois,
que na hora em que fico do teu lado
você deixa de ser tudo o que foi
e se torna infeliz, porque depois
sente falta do que ficou pra trás.
Penso agora em abrir mão de nós dois:
Ou você larga tudo e vem depois,
Ou te deixo partir pra nunca mais...
Itapecerica da Serra-SP, 1º de novembro de 2.000