(palavras do eleitor traído em sua boa-fé ao prefeito
cassado - qualquer semelhança será mera coincidência)
Nem preciso dizer “Eu te avisei...”
Já que o aviso de nada te valeu
Talvez hoje te lembres que fui eu
Quem te deu a coroa pra ser rei
Mas além da coroa, também dei
A mais nobre de todas as missões:
“Em teus atos que todas as ações
Sempre sejam honestas e leais
Não se afaste da ética e jamais
Traia o povo nas tuas decisões”.
A missão que te dei e que assumiste
Virou outra promessa não cumprida
E enquanto gozavas boa vida
Todo o povo te via... e tu não viste
Que naquele silêncio amargo e triste
Se ajuntavam as nossas frustrações
Quando enfim jorrou tudo aos borbotões
Parecia caldeira quando vira;
Era o povo, cansado de mentira,
Era o povo, tomando as decisões.
Frustração no lugar da confiança
Da esperança do novo e diferente
Frustração porque o novo de repente
Era igual ao de antes da mudança
E somente nos resta, por vingança,
Apostar que, talvez, bem lá na frente
Nossos filhos vão ter tudo o que a gente
Viu mil vezes virar desilusão
E por isso na próxima eleição
Quero o novo de novo... e diferente.
13 de setembro de 2010 - 16h25