Não descarte nada.
Nem decepções do passado.
Nem censuras sofridas.
Tampouco recatos impostos.
Somos eternos aprendizes,
E agora o destino nos ensina
Que o amargo da vida tem uma função:
Nos fazer aprender a fruir sábiamente a doçura...
Traga-me tudo.
Vou te lapidar as decepções,
De sua pedra bruta, extrair o
Brilho de novos sonhos.
Das decepções farei alicerces.
Sobre eles construirei novos
Sonhos, edificarei novos desejos,
Farei um novo querer.
Censuras sofridas serão muito úteis.
À partir delas, com o savoir faire
Que os anos nos trouxeram, criamos
Seu antídoto: a ousadia...
Finalmente, lidemos com os recatos.
Nada mais são do que a pátina que
Esconde segredos. Cinzel e espátulas,
E uma liberdade nova se revela.
Então tudo estará pronto!
Te terei toda nua,
Toda livre,
Toda mulher.
Toda minha!...
LOBO
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