Feche as portas.
Deixe o mundo lá fora.
Venha para este mundo que te fiz,
construído de desejo e cumplicidade.
Abandone tuas roupas,
abandone todos os teus recatos.
Deixe com que tua nudez brilhe,
que o aroma de teu sexo seja nosso incenso.
Entregue-me teu corpo.
Liberte este oceano para
que este marinheiro maduro navegue,
cada baia, cada ilha, cada porto...
Franqueie-me teus lábios,
para que no frescor de tua boca
eu encontre a paz que lá fora não há.
A inspiração para a missa profana que faremos.
Oferte-me teus seios,
para que sua doçura me encante,
para que minha fome, voraz,
te possa provocar ainda mais.
Permita-me roçar minhas barbas
por cada curva tua,
para que o suave contato com a seda
de tua pele gere calor.
Abra-se toda! De dentro de teu
sexo, tirarei a devassa que
ali se esconde, farei com que ela
brilhe nesse palco só nosso.
Esqueça qualquer censura.
Não tenha medo das palavras
que o mundo lá fora rotula dissolutas.
Sussure, fale, grite: diga-me tudo!
Peça-me e te darei:
Meu desejo liquefeito na tua boca.
Minha penetração em teu corpo.
De todas as formas, por todas entradas...
Não te quero menos que intensa.
Não te quero menos que desejos libertados.
Não te quero menos entrega plena.
Não te quero menos que MULHER...
Em alguma hora, nossa celebração terminará.
Tomaremos nossos rumos de volta ao cotidiano.
Mais um dia terá se passado e morrido pela madrugada.
Mas esses nossos momentos serão eternos...
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