Onde o sentido
deste caminhar sem rumo
pés descalços na areia quente
deste infindável deserto,
tão esquecido de mar,
tão solitário de paisagem
que ilude luz de oásis
mas sem dizer ao certo
o quanto tem de miragem.
Onde a razão
desta selha de lágrimas
destes olhos de mágoa
desta voz que não solto
nestes versos que calam?
Sonia R.