Frágeis e Mortais
Flores,
perfumes,
e o sal das horas,
quantas inquietações,
fazem a nossa existência,
Pisar brasas soçobrando,
gritar a glória na alvorada,
mas viver é um ato de guerra,
ora contra nossas mazelas,
outras vezes pra defender o amor,
passos a beira do abismo,
e sobrevôos nas asas da paz.
Calçar carinhos para passear,
e despir despeitos para beijar.
Ver nas tempestades, passagem,
para a luz,
e no escarlate amanhecer,
prenúncio do conflito com a dor.
A vida é assim:
Sugere-nos diferentes caminhos,
impõe derrotas e vitórias,
o amargo sabor da queda brusca,
e o doce caminho da paz passageira.
Os homens são como as flores,
que morrem ao final da primavera,
e renascem,
pra reviverem a beleza em sua plenitude,
e amargarem sempre um novo fim.
Malgaxe