Se me tens como resposta às tuas mais contundentes perguntas
Impulsionado pela combustão emocional que de mim flui
Tenho-te, por meu turno, como escopo imaterial.
Mais do que o teu nome e a tua silhueta
Conheço a magnitude da tua alma
Frequência que transcende o trivial e o visível
Me induzindo a sentir precocemente todas as tuas vibrações;
Nada que a psicologia ou a antropologia consigam explicar
Sobretudo porquanto tais ciências não depuram ou dissecam meus instintos
Tampouco assimilam ou mensuram a profusão e o vulto das minhas ânsias.
A intimidade extremada que nos une,
Muito além do que se possa imaginar,
Faz-me cúmplice de todos os teus devaneios
Interno no colégio das tuas confidências
Cessionário do teu precioso desvelo;
Interlocução que jamais se interrompe
Quão correlata a energia que nos transpassa,
Afinal, meu coração é homônimo do teu
E pelas tuas artérias imerso
Circula o meu mais rubro amor.