O meu chamado

Um som estridor no permeio de minha alma

surgiu como uma cólera latente e atroz

que me chamava para os cânticos líricos,

levando-me à redoma

eterna dos deuses da poesia.

E fui, fui numa voluptuosidade para um mundo

espectro como um novel totalmente virgem.

Porém já estava púbere pra cair descarnado

a toda forma poética como um sândalo.

Cá estou eu, deixando de ser homem a buscar

até na alma formosa feminina respostas a todo

ser que vê mistério em todas as coisas.

A poesia é lépida, frágil como o corpo da fêmea alva... Casta

como a flor crescente à beira do riacho nu.

Já o poeta tem alma ubíqua, vasta e perceptível aos anseios de sua própria poesia.

O poeta psicografa no papel tudo aquilo que vem de seu espírito, enfim, o poeta é parasita de tudo que surge de sua alma.

E por isso, a tudo isso, que eu a poesia fui chamado!

Publicado no meu primeiro livro solo "Ensaio Poético".

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