Aos teus olhos azuis
Nem enigmas para soprar verdades,
seriam tão claros como você e eu
a nós de mãos dadas vão realidades,
sobre a terra que o sorriso menino viveu...
Ao bouquet em frente ao azul do teu olhar,
desce a nostalgia que tudo faz ficar lá atrás,
um sobrevoar da alma que gostaria de voltar,
onde a fumaça da antiga chaminé é tão fugaz!
Quem dirá da poesia que existiu em nosso chão,
salpicadas de pãinas que acariciavam os dias,
quem do alto morro viu e tudo trouxe no coração,
à planície dos tempos aquelas passageiras alegrias...
Reviro feliz o pesar vazio de boêmios na madrugada,
embora vestida de asfalto e tão diferente a minha rua,
tantas baladas mergulhadas nas etílicas alvoradas,
acordaram ao pó e o frio em vozes amantes da lua!
Malgaxe
À poetisa Silvana Maria Petchak Gomes.