Tenho na alma inquieta, uma haste florida E salpicada as pétalas do meu ser em flor Crivada no peito, sangra a flecha desferida Por quem nunca soube o sentido do amor
Carrego nas mãos meu coração aos cacos, Despejo nos chãos, salpicando-os de rubro E para não veres meus tristes olhos opacos Com sépalas murchas, meu rosto, eu cubro!
E já não ouço aquele que chama por mim... Que a chama do amor apagou-se e eu vim Buscar outra luz, mesmo sendo de candeia
Pois eu fujo deste desamor como quem foge Em desespero abrupto como quem não pode Libertar-se desta paixão, causticante cadeia!