Sarasvati
Sandra Ravanini
Eu sopro a flauta a esse canto ao nada
e o cisne branco agracia o pôr-do-sol.
Água dos sonhos, abençoai o crisol
e libertai a deusa tão sonhada...
À flor de lótus beijando a sedução,
eu sou a fonte onde o seu fim deságua,
purificando moinhos de mágoas,
sou a bebida sagrada e a salvação.
A lua crescente, o cálice e a essência,
aspergindo o aroma das venturas
nas gotas supremas tal a cura
e o amor sublime dessa existência.
Sou o cântico aos dosséis da imensidão,
o sânscrito qual energia espiritual,
redenção em minha forma universal,
sou Sarasvati, a divina criação.
07/01/2007
Brahma tinha como consorte Sarasvati. Os Vedas listam Sarasvati como sendo originalmente uma divindade da água, a Deusa de um rio que corria a oeste do Himalaia. Posteriormente o seu poder aumentou. Ela passou a ser conhecida como a Deusa dos cânticos e dos discursos, a criadora do sânscrito e a descobridora da bebida sagrada, soma. Ela se tornou a força por trás de todos os fenômenos.
Sarasvati é representada como uma graciosa mulher com uma flauta, de pele branca, usando uma Lua Crescente em sua fronte; ela cavalga um cisne ou um pavão, ou senta-se numa flor de lótus. É a Deusa de todas as artes criativas, em especial da poesia e da música, do aprendizado e da ciência.