Este hino que vibra no meu peito,
dando à vida o meu sonho de amor;
Bebendo o perfume desse leito,
sentindo nele um doce calor.
É amor…
Esse teu corpo de amor cantando,
seios ondulam em ritmada dança;
Sexo sedento, que por mim chamando,
me faz um deus, que o divino alcança.
É amor…
Nossos beijos numa viajem louca,
percorrem havidos… corpos serenos.
Nossa voz de desejos fica rouca,
em melodia de lagos amenos.
É amor…
Quando o abraço aperta em delírio;
O espasmo sem dor que é a vida.
É pureza na brancura do lírio,
no grito abafado… minha querida.
É amor…
Que no teu meigo olhar de agradecida;
No mel dos teus lábios, que é meu vinho.
Vejo a deusa das cinzas renascida,
que me embriaga… com o seu carinho.
É amor…
E foi loucura e vida… foi destino!
Nossos corpos rezaram nessa cama;
Êxtase… nesse fado peregrino,
que é a melodia… de quem ama.
Estoril – Portugal
17 de Agosto de 2010