“LUA NOVA”.
 (Declamação).
 
 
Oh! Lua nova! Como é esbelta a silhueta! Pego a luneta da gaveta, só para ver-te mais nítida, o mar tão perto... Porque nasceste tão longe? Tenho que subir no monte, para melhor contemplá-la; a noite avança, volto para minha janela, olho a azul passarela, e as estrelas a desfilar, estrela cadente surge um pedido na mente, eis que ouço de repente, um bandolim a tocar... Toque sutil, solo por dedos treinados, eu que ouvia calado senti meu peito chorar! Chorar de dor... Por não tê-la mais comigo, o doce amargo castigo, que consome o meu viver; pois quem ama não esquece, por isso tanto padece, mais sofre, mais faz sofrer! Ouvindo aquela canção, lágrimas caindo ao chão, olhando o céu encantado... É lindo tudo! Mas é uma noite sofrida, e a dor maior dessa vida, não tê-la agora ao meu lado!