Vale dos sinos...

Era um lugar, envolto em brisa, tal e qual a poesia...
Em galhos retorcidos pelas noites... Em pétalas alimentadas pelos dias.
Éramos nós... Verdadeiros carretéis.
Teciam-se os tapetes mais lindos... Com o côncavo perfeito das diretrizes... Gabbet em melodia do enlace... Das luas corroídas pelas fases.
Adornados os mantos... Os ombros escondiam a luz que vinha dos olhos... Multicoloridas facetas... Nuance tingida pelo golpe do pulso nas pedras.
Era um lugar, onde mantíamos o ritmo das ondas... O vale dos sinos... As muralhas crescidas para os outros sóis...
Valendo-se do dito... Aquele, proibido... Moveram-se todas as faixas... Pedestres em folhas secas... De um outono que ainda nos alimenta.
Entregar-se ao som dos sinos... Ter nas mãos o adornado coração... Seguir nas estradas de mim... Encontrar-me, em  tua construção de lenços...
Havia risos, desde o início... Sentir, n(o) peito, o quão maravilhoso pode ser um precipício...
Escolhas feitas... Jogar-se ao chão... Enquanto o voo está no escorregar das pernas... Contra-mão...
Despi-me das meias verdades... Fui clara ao oposto... Em outros tempos, não teríamos a mina d'água que, um dia, salivará na boca esperada.
Enlouquecidos são os ditos que se calam... Os que permitiriam o lugar em fios de prata... Os tapetes foram feitos de estrelas, à explosão das lágrimas...
Havia um novelo, quando esticado, chegava ao limite... Da prática...
Inimagináveis florestas... Em crisálidas enroladas...
Sementes que debulhei aos teus pés... Onde ficavam os olhos que eu plantava...


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