VAI E VEM
Colocar dentro de si uma qualidade,
É ter o siso para poder externá-la.
Não caia em armadilhas, perversidade
Da língua ingrata, que quando o todo abala,
As partes parecem díspares, desiguais,
Pois como incluir algo para o lado dentro
Só o qualifica quando a entrada se desfaz?
Como então adquiri-lo e guardá-lo ao ventre,
Incubando sem sentir se é mal ou bem?
E assim, sem nem saber qual seu propósito,
Aguardar pelo bom senso não nascido,
Em vista o fato que tal fato vai e vem,
Adquirindo a qualidade do depósito
Do humano repertório que convém...