Vento vai... vento vem... sou escravo do vento,
ansioso que sou pr’encontrar meu amor.
Corro solto e veloz, onde esteja, onde for,
à procura de quem me emprestou sentimento
e magia na escrita e no amor ao relento,
onde o céu guarda o sol quando vem o alvor.
Dia e noite eu procuro o meu bem com fervor
esperando que volte na barra do vento.
E no meu procurar eu me entrego ao prazer
de escrever um soneto, uma trova ou sextina
e me deixo embalar no melhor pensamento.
Eu quisera esse vento me faça viver
uma vida de amor, com carícia tão fina,
ou me deixe que morra ao açoite do vento!