Minha amada terra, São Paulo!

Minha amada terra, São Paulo!


Há pessoas que choram saudades,
pois vieram pra cá de outras terras.
São saudosos de suas cidades
mas desprezam a ti que os encerra.

Esqueceram-se que os acolheste
e os supriste nas suas desditas.
Mas que tipos de órfãos são estes
renegando a madrasta bendita?!

Há feiúras de tua visão?
Mas quem foi que embaçou tuas linhas?
Tu te deste sem por restrição
e brotaram como ervas daninhas.

Sei que és dura e resguardas frieza,
mas quem foi que te pôs aviltada?
Não teus filhos, com toda certeza,
pois a ira te veio importada.

São tua água e teu ar tão impuros?
Mas quem foi que os usou, poluiu?
Os que vivem por entre teus muros
mas provindos de todo o Brasil.

Vêm, exploram, também te consomem,
depois choram por tua aridez.
Assim, cospem no prato em que comem,
depois clamam por mais, outra vez.

Oh! São Paulo! Oh! Querida cidade,
tens problemas e são tão profundos,
porque em meio a essa mediocridade
teimas ser um destaque no mundo.

Essa gente que chora é injusta.
Lançam pechas demais contra ti.
Meu amor sei que nada me custa,
pois que aqui no teu seio nasci.

Sim! Eu amo, te quero demais!
Encho a boca quando isso te falo.
Quem te odeia? Pra mim tanto faz!
Eu só sei dos que amam São Paulo!


                     .oOo.