Hoje, relembro aquele arrojo que já tive na juventude, quando é mais que a gente vive. O tempo passa e a lembrança sobrevive. Foi quando, ingênuo, fui buscar tudo que quis. E quase tudo conquistei – foi por um triz! Trilha sonora, nessa trama, foi Elis.
Eu tive pressa e, então, corri. Correram anos! Nessa disputa, ao tempo nunca ultrapassamos. E houve obstáculos e muitos desenganos. Mas o destino é traiçoeiro em seus ardis. Muito perdi, mas também muito assim eu fiz. Cantando ao fundo, sempre ouvia a voz de Elis. Fiquei maduro e aprendi a ser mais ladino para enfrentar as armadilhas do destino. Pra ser mais homem, meu segredo é ser menino! Vivi tristezas e enfrentei pessoas vis. As dores gritam e alegrias são sutis. A me embalar nessa gangorra estava Elis.
Não sei se muito ficará de minha história. No anonimato, o que me resta é só memória. Por dentro eu canto, mesmo nada havendo fora. Felicidade é o que se quer e eu fui feliz. E bons momentos pedem sempre mais um bis. Cada passagem, sempre aqui, está Elis.