Um universo numa gota A dor de um adeus é tão imensa que, em si, comporta um universo de sofrimento.
Nele há galáxias de frustração, buracos negros de angústia, sistemas planetários de desespero e muitos, muitos mundos e satélites de grandes e pequenos dissabores.
Mas é uma dimensão inóspita, porque a tristeza é um ser essencialmente solitário.
Ironia é que tamanha vastidão exista para acolher apenas um único e tristonho ser.
Tudo isso, agora, transbordou numa lágrima sangrada de um coração talhado pela navalha dos desencontros.
A vida que podia ter sido acabou de escorrer-me pela face e perdeu-se, caída num canto qualquer do caminho pelo qual o destino pisoteia esperanças perdidas. O amor que ficou, há de fenecer?