Quando, debaixo deste céu e em cima deste chão, a madrugada se deita em meu quintal, esparramando as estrelas na imensidão, a lua assanhada se joga em minha cama, iluminando toda a minha solidão. Aí, eu sinto uma tristeza danada, um aperto apertado nesse meu desarvorado coração. Mas a brisa fresca da noite, uma fada,minha velha conhecida, não se intimida e sopra uma bela toada passeando por minhas estradas, enxugando as muitas mágoas que habitam o meu porão. E a saudade andarilha ponteia na escuridão os rastros deixados pelos amores que se foram e que não mais voltarão. A propósito: Por onde eles andarão?
música de fundo: JANELA DA VIDA - DE DANIEL VIOLA - liberado pelo Creative Commons