AO CARO AMIGO POETA
Meu caro amigo poeta, pelos teus escritos
Todos, nada mais, gostaria eu de ser profeta,
Que caminhasse pelos trilhos dos benditos
Arranjos do teu verso, que à alma concerta,
Põe em alinho dores e pensares aflitos,
Do centro, límbicos e os do limbo do asceta,
Retilíneos ou beirais, de mil ais e gritos,
Intangíveis na atitude e na vida poética...
Tivesse eu sido alguém, que douto em particípios,
Servisse ao caro amigo ser seu par, ou auxílio
Constante, ou o aproasse como a Dante fez Virgílio,
Teria sido uma gota no imenso dos teus brilhos,
Ou do som sem graça de pobres rimas pobres
Que nunca escreveste, copiarias o estribilho.