A torcedora roía as unhas naquela noite, Um a um, Brasil e Argentina, no Maraca, Os deuses do futebol, a jorrar por fontes A arte daquela época, dos gols de placa.
E este a que vou narrar, a Fera fazia aos montes, Pelé executou o golpe de misericórdia A sete minutos do final, mostrou a fronte, De suor escorrida: disse não àquela concórdia,
Ao empate, ao placar, e se movimenta rápido, E deixa um marcador parado, a linha burra Da defesa não enxergou o pulo do gato,
E no passe de Jair, pela direita, zurra O zagueiro... E Ele dá um lindo drible – parado – E mágico, bate lento, por cobertura...