Repousem no mar alto os vossos tristes olhos
Por lá esvoaçará minh’alma embalada
No verde-azul e branco, na luz da alvorada
Liberta da senda terrena dos escolhos
Serei a amante das marés que em seu langor
Cálidas vão pla minha sombra deslizando
Nua e etérea sem desejos palpitando
Livre dos tormentos da carne e do amor
Aí serei pura, o que não fui na vida
A onda, a espuma, a estrela reflectida
Airada nuvem sem destino plo espaço
Água e peixe, o elanguescer da bruma
A rósea tela do sol quando se esfuma
Num raio de lua o abandono lasso
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