POETA - PÃO
Ainda não nasceram as palavras
Que haverei de cantar-te agradecida
Pla colheita dos versos que aqui lavras
Poeta-amigo, pão da minha vida!
Tuas letras são remédio que aduba
Tua seara – mente e coração
Tua pena o ancinho que derruba
Ervas daninhas – dor e solidão
Ervas desse teu chão e meu também
Que igual solo habitas como eu
Filho que és da mesma terra-mãe…
Ou não sejas, poeta, o meu irmão
Que o mesmo amor Divino concebeu
E que enlaçou na tua a minha mão!
In E-Book "Sonetos"