Fracos e Fortes
Quem somos nós?
Frágeis flores ante
os poderosos ventos da eternidade?
Como não mergulharmos
em desequilibrada autocompaixão
frente nossa vulnerabilidade?
São aqueles que desafiam e desprezam
a própria fraqueza
que transformam–se em heróis.
São os que descobrem a força
que há na vulnerabilidade
que vertem-se em santos.
São os heróis aqueles
que fazem-se servos da criação.
Servir à criação é atuar
pela coletividade humana,
numa conduta onde
se preserve a individualidade,
mas tenha a noção
de que se é ser social,
mas ainda assim
servo desta atitude.
São os santos aqueles
que fazem-se seus filhos,
que o amam acima de tudo,
que assim procedem
não por mero desafio
ou obediência,
mas por crer efetivamente
ser esta a maneira de proceder.
Neste evoluir se tem caminho onde
a dedicação pode levar à paixão.
Mas o crer e atuar está
acima do dedicar,
é realizar-se em plenitude de amor.
É amar no grau mais intenso,
pois somente o amor é expansão.
Os grandes pacificadores têm
que ter a obstinação e a força
dos grandes guerreiros
e, ainda assim, serem pacíficos.
A verdadeira paz nunca será por imposição,
mas defendida pelos esgotados da guerra.
A graça da criação está na oportunidade
e o milagre, no mérito de cada ação.