Um aprendiz faminto foi ao mestre e ponderou:
“Ouso afirmar que quero dinheiro
para ser feliz. Insisto, diga-me: será que estou
errado por almejar, ter primeiro
algumas condições financeiras bem equilibradas,
para conseguir entender as lições complicadas
que estou a ‘digerir,’ sem alimentações adequadas?”.
E de supetão, o professor respondeu
aquela questão do seu pupilo plebeu:
”Dinheiro primeiro? Duvida que a vida,
sem paz nem saúde, é bem mais rude,
cara e dispara ‘inflação’ no coração?
Arroz agora ou depois? Feijão por fora da mão?
Algum jejum forçado é errado.
Dinheiro primeiro, afinal, não é um mal.
Mas, a paz, a saúde, a virtude,
em geral têm o fundamental.
Sem ser radical, o poder do capital
financeiro é certeiro ou um bocado
errado e desequilibrado.
Depende do que empreende.
Mas, saber agir, tu hás de convir,
e usar sem abusar das finanças, trará esperanças
em dias de alegrias financeiras verdadeiras,
saudáveis, louváveis, com louvor ao dom do amor
desapegado, desinteressado, bem trabalhado,
além de remunerado...
Um verdadeiro bem é a virtude,
atrás da paz, aprendiz.
Ter dinheiro sem fé nem saúde,
é ser incapaz e infeliz...”.
Depois da explicação,
o aprendiz degustou um banquete “promissor”
(arroz com ovo e feijão)
e se sentiu feliz, para o deleite do professor...
Moral da história: Ser feliz,
sem ter dinheiro, é o dom de abençoadas criaturas.
A triunfal vitória do aprendiz
é querer primeiro entender as Sagradas Escrituras.
Paulo Marcelo Braga
20/09/2007
(05 horas e 20 minutos).