Desejos e Virtudes

Publicado por: Gilberto Brandão Marcon
Data: 23/08/2009

Créditos

Texto: Desejos e Virtudes Autoria e Voz: Gilberto Brandão Marcon
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
Desejos e Virtudes

Uma perdida manhã,
destituída das limitações do tempo.
No despertar, vivas sensações.
Além das percepções,
a imaginação recria o momento.
Um imaginário som de riacho
a desaguar em cachoeira.
Despojado de lugar fixo 
divaga um ser
pela existência.
Pressente a força do amor
e sente o impulso celeste
para ser desperto pelo desejo
que lhe aquece o coração.
Acende-lhe a paixão, 
apunhala-o a vontade.
Acusado por culpas,
vê-se como que caído
às portas do inferno.
Busca um caminho próprio,
não deseja ser amante
nem almeja ser eremita.
Pulsa no peito o coração
desejando se exprimir.
Teme por sentir
os fortes desejos,
teme o esvair da vida
se não senti-los.
Dividido na dualidade
que ora cria brisa,
ora cria vendaval.
Deixa de vagar
nas distâncias imensuráveis.
Gostaria que o que fosse bom
prevalecesse sobre o que é ruim.
Nesse instante ouve bater à porta.
Espreita e vê a filosofia.
Faz de conta que não está.
Melhor bebericar o gostoso café,
melhor saborear um bom pão fresco,
enchendo-se de cotidiano,
tentando descobrir o prazer
que pode ocultar
a simplicidade do dia-a-dia.
Fugindo das inquietações,
das emoções e ideias turbulentas. 
Aprofundando-se na sua interioridade,
consegue pacificar seu espírito,
tendo a certeza da alma 
que se vê desafiada
a conviver com o calor do corpo,
numa metáfora de confronto
entre arquétipos
de guerreira amazona
e seu potro bravio.

Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 08/07/2009
Reeditado em 23/08/2009
Código do texto: T1688587
Classificação de conteúdo: seguro
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