DESENCONTROS
...sei que, de repente, senti saudades de te conhecer.
Vontade de te ter encontrado, entre uma vida por viver-te e outra vida, num tempo longínquo que reconheço de sempre.
Pode ter-se saudade de uma coisa que não foi?...
Não!...
Por isso, a minha saudade, sei, é coisa de semente guardada pelo pó que dissipo à passagem por ti...
Sei...
é coisa de louca, mas sei, que há um quarto na lua, reservado para nós, em disponibilidade eterna...
...e risco-me no céu negro, como estrela cadente,
risco-me, em vias de cair no desamparo da noite, só, só, para te cumprir o encontro.
Mas...
mais uma vez chego atrasada...
eu já fui, tu já chegaste...
Desencontros...
(mas a saudade permanece...)