O Ser Solitário

Publicado por: Gilberto Brandão Marcon
Data: 03/08/2009

Créditos

Texto: O Ser Solitário Autoria e Voz: Gilberto Brandão Marcon
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
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O Ser Solitário

Em meio ao sofrimento
da sua individualidade perceber
o quão solitária é a sua dor,
pois que a indiferença
da natureza e das pessoas
faz com que ele duvide
das suas agruras.
Não é porque sua face
é visitada por lágrimas
que haverá o sol de diminuir
o seu brilho para
dar-lhe condolências.
Problema dele,
da sua insignificante
individualidade,
em meio a tantas outras
com seus problemas pessoais.
Nada se alterou; os relógios
não adiantaram ou atrasaram
sequer um único segundo.
O cotidiano continua
a viver por seu
matemático mecanismo
com o andar apressado das pessoas.
Os dias continuam a existir
com seu nascimento na madrugada
e seu fim nas trevas da noite.
A beleza das auroras
e dos crepúsculos continua a mesma,
mas lhe falta um encanto perdido.
Nada mudou, os rios e mares
continuam com suas águas,
os desertos com suas áridas areias.
Um choque ao ver-se
tão minúsculo ante o mundo
e o próprio significado
da sua enorme dor.
Toda a impactante verdade
da sua real solidão,
tomando ciência do quanto
havia se afastado de tudo.
Já não estava apenas sozinho,
havia se tornado solitário.
Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 25/06/2009
Reeditado em 02/11/2017
Código do texto: T1667140
Classificação de conteúdo: seguro
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