Amor Cotidiano

Publicado por: Gilberto Brandão Marcon
Data: 31/07/2009

Créditos

Texto: Amor Cotidiano Autoria e Voz: Gilberto Brandão Marcon
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
Amor Cotidiano

Como trabalhar com impulsivas emoções?
Como cuidar do transbordar de sentimentos?
E o que fazer se a saudade a tudo incendeia?
Melhor clamar ao cérebro e salvar o coração.
 
Que fazer se existe um vazio que é oco,
se na solidão se alimenta um estar só intenso?
Resta a reflexão, reconhecer o veneno da rotina,
entender que as obrigações maculam a beleza.
 
Não se tem tempo para sentir,
não se tem tempo para si.
Não se tem tempo para o outro,
só se tem tempo para o trabalho.
 
É preciso não deixar os sonhos morrerem,
é preciso perder um pouco do senso de realidade.
É necessário acalentar certas ilusões,
a vida não se faz apenas por ser real.
 
A vida é além, é prazer injustificável,
é satisfação oculta nas coisas mais simples.
É um longo e demorado beijo,
é um abraço forte no entorno dos corpos.
 
Prisões emolduradas com enfeites em ouro,
gaiola adornada com os mais puros diamantes.
E o dia-a-dia de nada disso precisa, é sábio feitor.
Não manda por ordens, mas por astúcia.
 
Pontos em comum de todos nós.
É ver-se criança correndo sem preocupações,
é ver-se jovem, em paz com as paixões
e, então, transformar o grito em murmúrio.
 
Como não se perder um do outro
nos altos e baixos dos dias cotidianos?
Como não matar a sensibilidade?
Talvez por conta das luzes noturnas.
 
Talvez por conta da estrela noturna,
da lembrança que fala aos ouvidos,
da sua voz que ficou guardada,
junto do seu aroma e da suavidade de sua tez.
Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 18/05/2009
Reeditado em 31/07/2009
Código do texto: T1601594
Classificação de conteúdo: seguro
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