Livre para Voar
Portal de uma suave
e agradável manhã.
Um véu de brisa fresca
mescla-se às imagens subjetivas.
Vê-se alguém
que divaga seus pensamentos
por trilha vazia e solitária.
E assim, pensa ver que o caminho
estranhamente foge
do andar dos passos.
Ganha asas imaginárias
e ergue-se em voo,
a levar a leveza da alma fugitiva.
Ser alado que some
na imensidão do espaço,
mas mantém-se como presença.
São vigorosas asas
que desenham voo harmônico,
surfando nas correntes de vento.
É corpo que se transforma em luz,
é lume com sentimentos nostálgicos,
de melancolia.
É saudade que não se entende,
é a recriação da realidade
através de um fazer de conta.
É doce ilusão que desperta
esquecidas emoções infantis,
lembranças da pureza ingênua.
E é assim que as cores
deste quadro ganham
maior intensidade,
são tons de sutil poesia.
Umidade e raios solares
criam um arco-íris,
onde se esconde,
o precioso tesouro,
que revela
as buscadas verdades.