Não quero ter nome.
Quero o nome com que me chamar.
Por que rótulos?
Se o que importa é a essência.
E eu sou apenas Veruska.
Não quero ter passado.
A não ser experiências,
Vividas e futuras.
Quero apenas o hoje, sem promessas.
De amanhã...
Acredito no limite do tempo e do espaço.
Onde sou quem sou.
E vivo como quero.
No momento que escolhi,
Sabendo a espontaneidade do gesto.
A explicação do afeto indefinível.
Vivido em sua intensidade.
Por isso
Não procuro explicar meus anseios.
Prefiro satisfazer meus desejos.
No exato instante em que satisfaço
Tuas esperanças.
Sendo a realidade.
Da vida,
Do amor,
Do encontro.
Não apenas dos teus sonhos!
Não me perguntes, seja resposta...
Não me busques, sem te procurar.
Para que nos encontremos.
Que não nos despeçamos com medo
Do desencontro.
Que nos permitamos reencontro.
Se procura, formos.
E, se não houver outra vez.
Que tenhamos vívido
Sem ter o que temer perder...
Por que é melhor um talvez.
Do que nunca.
Eu não sou nada.
Sou além da metade
E aquém da espera.
E por assim me saber.
Sou um pouco da vida.
Num todo de querer viver.
Eu sou quem sou.
Por que creio no que quero.
Sou simplesmente. EU.
Apenas, Vera Lucia!