Como querer, pretender,
Entender um artista genial?
Eles nos surpreendem,
Nos animam e nos espantam!
Eles criam, inventam,
Se reinventam,
Extrapolam as convenções.
Carregando em sua sina
De seres únicos
E aquinhoados de talentos
Que, mais que instrumentos... De criação,
São tormentos ao coração,
Do que vai na alma, na visão
Que, diferente da multidão,
Que lhes seguem os passos
Apontado as suas feridas
Tristemente conseguidas
No esforço brutal da criação.
Por isso, quase sempre,
Muito cedo eles se vão.
Precisam descansar o seu espírito.
Partem, como num grito,
De repente.
Escapando à solidão.
Deles, para sempre ficam
As marcas que nos indicam
O caminho da redenção
Onde reconhecemos
O indelével toque de suas mãos...
E, porque desafiam a impermanência,
Deles, para sempre fica uma certeza,
Uma verdade:
Jamais morrerão.
Antes, porém, ficarão
Para sempre na eternidade
De uma canção.
'Bye, Michael.
Daniel Amaral
26/06/2009