Dança nas asas do vento,
em loucura e delírio…
Ternura no pensamento,
mas do meu corpo é martírio.
Flutuas em melodia,
como suave andorinha.
Ó meu Deus! Como eu queria,
que ela fosse apenas minha.
Voas no palco e na vida,
deslumbrando em magia,
elegante e querida
e este homem sofria…
Da visão embriagado;
Cerro os olhos para ver.
Penso a ter abraçado,
ter a dita de viver.
Mas teu destino a dança,
perdida na melodia;
Da plateia não se alcança,
essa diva que sorria.
Mas a cena acabou.
O palco se esvaziou.
Este ser que tanto amou,
sentiu-se só… e ficou.