OS CAPRICHOS DO TEMPO
(Dueto: Patrícia Rech & Gilberto Brandão Marcon)
NÃO SINTO O TEMPO PASSAR, AVANÇO DOS ANOS
NEM PERCEBO NOBRES ACERTOS E LEDOS ENGANOS
TUDO O QUE DESEJO É POETISAR POR LIVRE VONTADE
VERSOS RIMADOS, CARREGADOS DE TRISTE SAUDADE
TEMPO EFEMÊRO, TEMPO ETERNO, TEMPO CORPO, TEMPO ALMA,
CONTRADIÇÕES DE UM SER, AFIRMAÇÕES E NEGATIVAS,
ACERTOS E ENGANOS, TUDO OU NADA, ONDE ESTÁ A LIBERDADE?
QUEM SE AVENTURA O FILÓSOFO OU O POETA? PROSA OU VERSOS?
NÃO ME PREOCUPO MAIS COM A NECESSIDADE
DE VER-ME COMPLETA, BUSCAR A OUTRA METADE
ATÉ PORQUE A POESIA FIEL, JÁ ME TORNA INTEIRA
E SEGUE ADIANTE, LADO A LADO, COMPANHEIRA
RAZÃO OU EMOÇÃO? VIVÊNCIA OU IDEALIZAÇÃO? TER OU SER?
VAI LONGE A DUALIDADE, CLAMA A METADE POR OUTRA PARTE,
DIVAGA A MENTE, VIAJA O CORAÇÃO, E OS OLHOS ESTÃO FECHADOS,
VERSOS NAÚFRAGOS TEMENDO MAR E QUERENDO TERRA FIRME.
AGRADECIMENTO: A POETISA PATRÍCIA RECH QUE PROPICIOU-ME A SATISFAÇÃO DE PELA SEGUNDA VEZ DIVIDIR LETRAS, EM MAIS UM DESAFIO INTERATIVO DE CRIAÇÃO.