Amor
Ah! O amor! Nele, tanto se fala...
O amor de fantasia que é feliz para sempre.
O amor de sonho que alimenta a esperança.
O amor de conquista que tempera a virtude com malícia.
O amor de carinho que acolhe, afaga e aconchega.
O amor de desejo que arde no corpo e chamusca a alma.
O amor de regozijo que insufla o gozo e a alegria.
Meus amores... Ah! Meus amores!
Quantos deles já se foram...
Alguns pelo abandono, outros pelo desgaste.
Alguns pelo falseio ou porque não enxergaram a verdade.
Alguns morreram ou simplesmente mudaram de endereço.
Alguns me traíram e fugiram abraçados com a ilusão.
Alguns entristeceram até definhar de tanto chorar.
Tanto amor eu conheci e algum tanto eu fui amado.
Houve um tempo de solidão e o amor não teve par.
Mas eu amei sozinho, porque o amor foi saudade.
Também amei sozinho porque o amor foi autoestima.
Mas a necessidade de mais alguém, em sua essência,
é Fênix e sempre ressuscita.
Hoje, o amor é confortável,
porque de tanto debater-se em meu peito
acabamos nos amoldando, eu ele, um ao outro.
A despeito das armadilhas desta vida,
por ora, o amor é paz de espírito.
Que assim dure!