Quantas coisas me fazem lembrar de você.
É aquela que, dentre seu ventre, me carregou,
que, quando me viu triste, comigo ela chorou;
mas quem sorri alegre, se o meu riso ela vê.
Imenso é o bem que você me fez e faz,
minha mãe, eu jamais poderei lhe agradecer.
Deus lhe deu a capacidade de só amor ser,
grandeza inexplicável de que você é capaz.
Posso lhe dizer com doçura, minha mãe,
o amor a prendeu a mim, para ser minha amiga,
' inda que ingratidão eu possa lhe ter na vida.
A minha existência é por seu afeto, mamãe,
meu milagre, meu porto seguro e a viga,
com você, o meu mundo é carinho, querida.
* Esclarecimento aos escritores que se utilizam do português lusitano. Você, no Brasil, é um pronome de tratamento, usado no trato com pessoas próximas e familiares, sendo uma 2ª pessoa no discurso - com quem falamos - mas a concordância verbal e nominal é feita na 3ª pessoa.
Ana da Cruz. Mãe Ternura. Homenagem em Soneto Dodecassílabo.