Quando as árias sombrias,
que o vento atiça nas cordas
das áleas nuas de álamos,
despem o medo de perder-te,
Dia de hoje,
sinto quebrar-me na alma
encolhida de angústia,
em quebranto p'lo sol posto,
os ramos secos da noite
Iminente.
Ao peso do desespero,
sei-te tempo esgotado,
prensado em fardo de vento
ceifado palha sem espiga nem
Amanhã...
É imenso o breu que me colhe
nas pontas afiadas em espada
de dilacerar sem honra,
sem estrelas, sem faíscas
De nobreza.
Sobra-me o crepúsculo ferido
do dia que não cumpri.
E não há manhã que me traga
o tempo que sangra os uivos
Do lamento.
O vento passa indiferente,
assobiando-me o desprezo
da vitória mutilada, arrancada,
da minha terra indigente.
Esperança...
A terra que não arei...