(imagens: Régua, onde resido, (olha ali a minha casa!) de seu nome completo, PESO DA RÉGUA, cidade da vinha e do vinho, princesa do Douro... e barco Rabelo).
"Olhós rebuçados da Régua!!..."*
Levo-te a ponto de rebuçado da Régua, enquanto te bebo o porto vertido em cálice nas colinas-seios de virgem-cidade... e gosto tanto!
Tanto de rio, tanto de ouro, dum rio Douro a amar-te em cio, beijo molhado a quente e frio, olhar calado, de enlevo e brio...
Levo-te em doce, barco rabelo recheado de tonéis de vinho, rumo ao Porto, porto partido, onde te beijo adeus de amigo...
Da Régua sai-me o néctar que doo, alma de um povo, alma do Douro, sol prisioneiro que vai desterrado ao mundo inteiro, engarrafado.
Leva no rótulo a marca dos beijos que na vindima são de desejos, e, só por isso, sol redimido, por em si levar o amor sentido...
...é redenção, a fama que ganha, e quase todo o orgulho que tenha, passa na Régua, à sombra das vinhas, quando se entrega aos lábios do mundo...