Fim do dia, sol dourando o nosso espaço,
coisa fina que acontece só no outono;
sinto o amor me embalando no compasso
da canção interpretada pelo Bono.
Penso em mim, penso na vida e nos porquês,
mas prefiro me esquecer do pensamento.
No meu carro, tendo ao lado o Tietê,
nem me lembro que ele é quase um excremento.
Sol se põe, deixando um céu da cor do solo,
e a beleza infinita que há na tarde.
Fico preso nesse fogo que me arde...
Chega a noite com a cheia a tiracolo
a puxar-me para um mundo de aventuras
onde santo é quem se afunda nas loucuras.