O balançar da roseira

 
O balançar da roseira
 
 
Descobrir-te, assim, ao acaso
foi uma rosa em meu jardim.
Uma janela e uma rosa num vaso,
foste tu esperando por mim.
 
Entre o apogeu e o ocaso,
rosa branca, amarela e carmim.
Ao dizeres: “não me caso”,
só restaram espinhos, enfim.
 
Hoje, a flor virou saudade
caule seco, sem cor e perfume;
nem é rosa de verdade.
 
Em roseira esse amor se resume.
Reguei com sinceridade
uma rosa que assim não se assume.