O que quero não é muito!
Quero viver do meu amor contente.
Chega de ranço!
Chega de briga!
Quero um remanso e não uma intriga.
Quero um desejo de vibrar na gente
sem ter descanso
pra que consiga
fazer-me manso entoar cantigas.
Quero um romance que sacuda o pó
que se amontoa
no comodismo;
rotina boa com que não cismo!
Quero saber que nunca fico só
porque a alma voa
sem ver abismo.
Amar à toa sem ter cinismo.
Quero poder sorrir, só por sorrir,
sem ter motivo,
sem ter censura.
Ser emotivo porque o amor cura.
Quero sonhar com tudo que há de vir,
um sonho vivo
de sanha pura,
pra ter alívio da vida dura.