Quando te tenho

Quando te tenho


O hálito quente, muito denso e muito doce

faz um suspiro ter bem mais que mil nuances.
Sopro de amor ele é assim como se fosse
rastro do beijo desferido pouco antes.

As mãos são fontes e os dez dedos chafarizes
que jorram toques, sinuosos, liquefeitos
e que se escorrem em frenéticos deslizes
a cada fenda retorcida em vis trejeitos.

Ondas simétricas rebolam vindo em curvas,
loucas latências de um vulcão que entra em ação,
que em si acolhem cavidades, manchas turvas,
absorvendo cada gota de paixão.

Por fim, espasmo num sorriso e num gemido.
É feita a mágica explodida na libido.