SONETO DA PAZ

SONETO DA PAZ

”Paz sem voz não é paz é medo”.

(O Rappa)

A paz não é (e nunca será) covarde.

Ela é uma linda dama guerreira,

esfacela trama encrenqueira

e desfaz blábláblá, sem alarde.

A paz é a amante do amor,

prima-irmã da ternura

e traz, no semblante, o louvor,

(da rima sã) à loucura...

A paz despreza a hipocrisia,

é aliada da franqueza

e faz, da reza, uma valentia.

A paz, às vezes, fica surda,

se a derrotada brabeza

só lhe faz crítica absurda.

Paulo Marcelo Braga

Belém, 10/12/2008

(23 horas e 40 minutos)