Máscara

Publicado por: António Zumaia
Data: 22/02/2009

Créditos

Poema de António Zumaia dito por: Anna Muller, melodia de fundo Domínio Publico.

Máscara

Porque escondo a desilusão,

numa fantasia de mil cores?

Mulher que roubou meu coração,

foi-se num Carnaval de amores.

Essa máscara é meu destino.

Dancem... Dancem. Loucura do nada!

Estou escondido e descortino,

que a marcha da vida… Está parada.

Mas, sou eu, ou não sou afinal;

Que em sons de festa e loucura,

num eterno e triste Carnaval,

fui um dia, palco de ternura…

Veio de mascara afivelada,

espargindo os sons de ventura.

Numa cama ela foi amada,

era bela rosa de candura.

Foi de tal beleza esse acto

e de tal forma representado;

Houve até um triste retrato…

Mas eu hoje… Ando mascarado.

Cai a lágrima do Arlequim;

Vestes de alegria são sinal,

anunciando o triste fim,

deste meu eterno Carnaval...

António Zumaia
Enviado por António Zumaia em 22/02/2009
Código do texto: T1452937