O TEMPO
(O nascimento do tempo)
O tempo nasceu bem antes do antes,
Dentro de uma nave atemporal
De uns extraterrestres delirantes
Em plena fuga universal.
E fruto desse estranho êxodo,
Perdendo o berço original,
Vagou incerto, errante e incômodo,
Entre rotas do bem e do mal.
E nesse trajeto sem rumo,
Manifesta-se perene ou fugaz,
Mestre que nunca foi aluno,
Determina tudo que se faz,
Desce o ponto, agora é prumo,
A um feito algoz, noutro, capataz.
Este soneto é o preâmbulo da série que mostrará a história da imigração lusa (Continental e Ilhéia) para o Brasil.