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“Eles só vão entender o que eu falei
no esperado dia do eclipse”.
(Raul Seixas).
“Sorri, quando a dor te torturar,
quando nada mais restar
do teu sonho encantador... Sorri...”.
(Djavan).
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Todos os dias, eu vislumbro a vitória
a ser comemorada sob um eclipse lunar.
Todas as noites, eu recomponho um sonho,
antigo, sonhado nos arredores de saturno...
Dia e noite, eu fortaleço a fantasia
do meu poema profético.
Uma inspiração mística, naturalista e exótica,
apesar de todos seus adjetivos,
prevê que o futuro do passado
e/ou do presente vindouro,
será, exatamente, como eu sonhei...
O meu vir a ser é o produto de um sonho,
ainda virtual, composto pelo verso inédito,
plasmado na tridimensionalidade poética...
Eu sei o que vi, sei o que sonhei,
e o que há de vir do meu sonhar...
Só preciso conter a impaciência da espera...
E o exercício ideal para o aprendizado
necessário consiste em acatar a parceria
de uma rima, compor uma sátira engajada,
sorrir da presente angústia existencial
e considerá-la como “benefício transitório”,
capaz de materializar um prazer eterno...
Sorrio, confiando no vir a ser e espero
pelo eclipse lunar, pela realização do sonho
antigo, sonhado nos arredores de saturno...
Paulo Marcelo Braga
Belém, 15/02/2007
(23 horas e 59 minutos).