Onde buscaria eu abrigo
para fugir desta solidão?
Surgida da árdua caminhada
desta vida, e assolou meu coração
Onde estaria teus beijos,
teu pensar, teus olhos a olhar?
Tuas mãos de seda onde estará?
Que na minha face não vem se acariciar
Por onde vaga meu pensamento?
Por onde vai meu sentimento?
No sopro da ventania, ou em sua calmaria!
Onde está meus passos, onde está?
Cadê minha inspiração?
Nessa tua ausencia, afliges meu coração
Mãos inertes, palavras sem refrão
rimas desonantes, versos sem paixão
Onde me levas, passos incertos?
Saudades do que foi, marca o peito deserto
E o reflexo da angustia, paralisa
Meu corpo, minha mente e alma
Já não tem mais conexão.
Navego por águas frias, gélidas sensacões
congeladas estão minhas ilusões,
e meu sangue paralisado está;
onde foi a lava que me incendeia?
e faziam o pulsar das minhas veias!
Onde está o fogo que aquecia?
O vento que assopra, as nuvens negras, onde está?
Venha agora e se faça presente
Faisque, uma fagulha em minha mente,
E eleve meu ser, assim não me sinto ausente.